Conforme vimos em artigo postado recentemente em nosso blog, é muito importante termos muito cuidado e responsabilidade com as coisas que nossos filhos consomem. Portanto, vamos abordar agora novas dicas de alimentação para crianças.
Uma ação interessante a ser feita é investir na leitura de rótulos. Neles, a lista de ingredientes é organizada em ordem decrescente de grandeza, ou seja, o primeiro é o que está presente em maior quantidade e o último em menor quantidade.
Se, por exemplo, você quer ingerir menos açúcar, evite os alimentos que têm esse ingrediente entre os primeiros da lista.
E priorize o consumo daqueles feitos com “comida de verdade”, evitando alimentos com ingredientes que você não conhece.
Na tabela de nutrientes, as principais informações a observar são os conteúdos dos que devem ser ingeridos com moderação (sódio, gorduras saturadas, açúcares) ou evitados (gorduras trans).
Se um dos objetivos é controlar a ingestão calórica, observe também a quantidade de energia (calorias) e procure escolher os que contêm mais fibras.
Prefira os alimentos in natura
Tenha como base da alimentação dos seus filhos os alimentos in natura ou minimamente processados com gorduras, sal e açúcar em pequenas quantidades.
“Os alimentos in natura têm seus nutrientes mais preservados, não são adicionados de corantes, conservantes, aromatizantes e outras substâncias químicas; tampouco de sal, açúcar e gorduras trans”, explica a Dra. Vanessa Cristina Rodrigues, nutricionista e colaboradora da Clínica de Pediatria Toporovski.
“Eles também contribuem para a preservação do meio ambiente, pela menor industrialização e menor geração de embalagens plásticas e metálicas”, completa a especialista.
A ingestão moderada de sal, óleos, gorduras e açúcares contribui para a prevenção de doenças cardiovasculares, infarto, derrame, diabetes, obesidade, cálculo renal, entre outras doenças.
No primeiro ano de idade do bebê não é preciso adicionar sal aos alimentos da criança.
Ao completar seu primeiro ano, a criança já pode comer da mesma alimentação da família.
Contudo, o ideal é que seja preparada com pouco sal. Isso beneficiará a todos!
O açúcar deve ser evitado durante os primeiros dois anos de vida. Após essa idade, ainda deve ser evitado ou utilizado com moderação.
Habituar o paladar das crianças a pouco sal e açúcar só trará benefícios à sua saúde, futuramente.
Quanto às gorduras, deve-se evitar o consumo excessivo, principalmente de origem animal (rica em saturadas), priorizando-se as de boa qualidade.
Entre os óleos mais disponíveis, o de canola é o que contém a maior quantidade de ômega-3 e o azeite de oliva, as gorduras monoinsaturadas.
Pescados também são importantes fontes de ômega-3 e, como fontes vegetais de boa qualidade, temos: abacate, nozes, castanhas, amêndoas, amendoim, chia, linhaça e outras oleaginosas e sementes.
Evite ter na despensa guloseimas e outros alimentos ultraprocessados
Alimentos ultraprocessados são aqueles que passaram por um processamento tão intenso na indústria que acabaram perdendo a estrutura, cor e sabor originais; sendo preciso adicionar emulsificantes, aromatizantes, corantes, entre outros aditivos.
Geralmente, lhes resta pouco dos ingredientes naturais aos quais fazem referência, por exemplo: salgadinhos de milho – o quanto têm de “milho de verdade”? Refrigerantes de guaraná – o quanto têm do fruto guaraná?
Os alimentos ultraprocessados frequentemente contêm aditivos químicos, ingredientes que você não conhece e quantidades elevadas de sódio, açúcar e gorduras.
Outros exemplos são: biscoitos, salgadinhos e pães “de pacote”, bolos industrializados, cereais matinais, barrinhas de cereais, sorvetes, macarrão e sopas instantâneos, nuggets, refrigerantes, sucos industrializados, sucos em pó, barras de chocolate, gelatina, mostarda, ketchup, maionese, salsicha, linguiça, frios, hamburguer industrializado, pratos congelados e iogurtes e bebidas lácteas aromatizadas e adoçadas.
Para controlar a ingestão de guloseimas e alimentos ultraprocessados, evite tê-los na despensa ou geladeira.
Compre-os apenas no dia em que houver intenção de consumir. Assim você proporcionará menor estímulo visual para o consumo e evitará discussões com as crianças.
A redução do consumo desses alimentos também contribui para a menor geração de lixo plástico e de outros materiais sintéticos.
Pratique o mindful eating e dê à alimentação a importância que ela merece
Planeje as compras para que não faltem as opções mais saudáveis. Se tiver acesso a alimentos orgânicos, melhor!
Organize as refeições para que sejam momentos privilegiados de convivência e prazer, em ambiente agradável e, sempre que possível, com companhia.
Compartilhe as responsabilidades com outros membros da família, afinal, comer bem traz vantagens para todos.
Inicie o dia com um café da manhã completo, à mesa e em família, nem que para isso seja necessário acordar entre 15 a 30 minutos mais cedo do que o habitual.
Essa refeição é importante para que a criança tenha melhor desempenho na escola.
Para que criem esse hábito, introduza o café da manhã completo desde os 9 aos 12 meses de idade do bebê.
Pratique o mindful eating (comer com atenção plena): no momento da refeição, desconecte-se do celular e TV, monte o prato de acordo com seu grau de fome, observe os alimentos, agradeça pela refeição.
Além disso, respire fundo antes de começar a refeição; coma devagar, descansando os talheres entre as garfadas; saboreie os alimentos e compartilhe suas percepções, observe e atenda aos sinais de saciedade.
Seja crítico com as propagandas de alimentos e notícias divulgadas em mídias e redes sociais
Existem muitos mitos, publicidade enganosa e notícias sensacionalistas sobre nutrição.
Óleo de coco, por exemplo, não tem vantagens nutricionais em relação a outros óleos vegetais, assim como não existem vantagens na restrição do glúten e outras dietas da moda.
Procure consultar fontes confiáveis e que não tenham interesse comercial, como websites de associações da área da saúde e de conselhos de medicina ou nutrição.
Clínica de Pediatria Toporovski: (11) 3821-1655.