Importantes questões para quem tem filhos pequenos; asma: o que é? Por que devemos tratar? 

A asma é uma doença inflamatória crônica que evolui com obstrução das vias aéreas, diminuindo o fluxo de ar para os pulmões e, com isso, reduz também a quantidade de oxigênio que circula pelo corpo, podendo contagiar tanto crianças, como os adultos.

A asma caracteriza-se por episódios recorrentes de sintomas, como chiado, tosse, falta de ar e aperto no peito, principalmente à noite e ao acordar pela manhã.

A mesma não é apresentada por qualquer criança. Ela é resultado da interação entre genética, ou seja, predisposição familiar, exposição a alérgenos, irritantes e alguns outros fatores específicos.

No Brasil, por ano, ocorrem cerca de 350 mil internações por asma.

É uma causa frequente de atendimento em prontos-socorros, determinando, em algumas situações, até mesmo internações hospitalares.

A asma não controlada impacta na qualidade de vida das crianças com limitações de atividades, falta nas escolas e pior desempenho nas atividades esportivas e recreativas.

Aproximadamente 250 mil pessoas morrem por ano em todo mundo em decorrência de asma; quase todas essas mortes são evitáveis, especialmente para pessoas que têm acesso aos sistemas de saúde.

Diagnóstico e fatores que desencadeiam a asma

O quadro clínico da asma caracteriza-se pela presença de um ou mais sintomas como cansaço, tosse crônica, chiado no peito, aperto no peito ou desconforto torácico, principalmente à noite ou nas primeiras horas da manhã.

Os sintomas são episódicos: têm melhora espontânea ou com medicações específicas.

O diagnóstico da asma é baseado na presença de três ou mais episódios de chiado durante o último ano do paciente em questão. Fora isso, sua história familiar positiva de asma ou alergia e exclusão de outras doenças que apresentam quadro clínico semelhante.

Afirma a Dra Sarah Shamay. “Muitas vezes nota-se que a palavra ‘asma’ tem uma conotação negativa, como se estivéssemos rotulando uma criança”, explica a pediatra, especializada em alergia e imunologia.

“Os pais e familiares preferem utilizar termos como: bronquite, bronquite alérgica, bronquite catarral ou mesmo bronquite asmatiforme. Cabe ao pediatra desmistificar esses preconceitos”, diz a médica. 

É essencial saber os fatores que provocam as crises de asma

Mãe ajuda filha com asma: a maior parte das crises ocorrem após os processos virais do trato respiratório
Mãe ajuda filha com asma: a maior parte das crises ocorrem após os processos virais do trato respiratório

É muito importante também conhecer os fatores que desencadeiam as crises, tais como: atividades físicas, exposição à alérgenos (mofo, poeira domiciliar, animais), irritantes como fumaça de cigarro ou perfume, alterações emocionais como riso ou choro.

Embora exista a presença dos alérgenos, a maior parte das crises ocorrem após os processos virais do trato respiratório (processos de resfriados ou gripes).

Para controlar a asma do paciente, é essencial identificar e minimizar sua exposição aos desencadeantes.

O diagnóstico é feito com uma história clínica detalhada (presença de sintomas característicos e fatores que desencadeiam as crises) e confirmado pela demonstração da limitação variável do fluxo de ar, ou seja, dificuldade para respirar.

Isso é realizado através das provas de função pulmonar, que servem tanto para confirmar o diagnóstico, avaliar a gravidade da situação, como também para acompanhar a eficácia do tratamento. 

A Espirometria é o teste de escolha, especialmente solicitada para casos mais duradouros e de certa gravidade.

Um aspecto muito importante para o controle da asma consiste na identificação de alérgenos que possam estar implicados como desencadeantes de crises.

Para tal, são realizados os testes cutâneos (prick teste) e a dosagem de IgE sérica específica (anticorpos da classe IgE contra os alérgenos em questão).

Os fatores que são encontrados com maior facilidade são os ácaros presentes no pó domiciliar e, em menor número de pacientes, são importantes pólen, barata e epitélios de cães e gatos. Alimentos raramente induzem asma.

Classificação da asma

O principal objetivo do manejo da asma é o controle da doença e para isso é muito importante classificá-la em leve, moderada ou grave, para que se determine qual medicação e a dose mínima necessária para que o paciente atinja o controle dos sintomas no menor tempo possível.

“Cabe ressaltar que a maioria dos casos que nós enfrentamos no dia a dia são de caráter leve e moderado. Porém, a recorrência das crises impactam na qualidade de vida das crianças e dos adolescentes”, explica o Dr. Mauro Toporovski, pediatra e coordenador-geral da Clínica de Pediatria Toporovski.  

“Por isso, é muito importante o acompanhamento regular desses pacientes, pois essa classificação não é fixa, podendo ser alterada de acordo com o tratamento ao longo do tempo e, com isso, a mudança na linha terapêutica quando isso ocorrer”, afirma o médico.

Por que devemos tratar a asma? 
Criança realiza inalação: tratamento da asma é dirigido para controlar sintomas e prevenir crises
Criança realiza inalação: tratamento da asma é dirigido para controlar sintomas e prevenir eventuais crises

O tratamento atual da asma é dirigido para controlar os sintomas e prevenir as crises. A introdução precoce das medicações resulta em melhor controle dos sintomas e preservação da função pulmonar em longo prazo.

Atualmente, com as medicações disponíveis, é possível o controle completo da asma. Porém, além do tratamento medicamentoso, é importante saber quais são os fatores desencadeantes para o paciente e evitar ao máximo a exposição ao mesmo.

Princípios do tratamento de asma

– Pacientes e familiares devem conhecer a doença e ter noções de como controlar os fatores que desencadeiam suas crises.

– Devem entender qual a diferença entre o tratamento das crises e o tratamento de manutenção.

– Devem entender a natureza da doença e o seu tratamento.

– Todos pacientes devem ter um plano de ação por escrito para uso em casos de exacerbações, que são as crises, ou seja: momentos de descompensação da doença.

-É preciso manter o paciente controlado e estável com a menor dose de medicação possível.

– Avalie sempre se o paciente aderiu ao tratamento, avalie eventuais erros na técnica de uso dos dispositivos inalatórios.

Da mesma forma, avalie situações que pioram o controle da asma, tais como: rinite ou sinusite associada, doença do refluxo gastroesofágico ou fatores desencadeantes clínicos ou ambientais que não estão bem controlados.

Medicações

O principal medicamento utilizado no tratamento de manutenção são os corticoides inalatórios, reduzindo os números e a gravidade das crises, as hospitalizações e as idas aos prontos-socorros.

Em pacientes com asma de difícil controle, ou em casos mais graves, podemos associar os beta-agonistas de ação prolongada.

Os antileucotrienos como o Montelucaste (drogas que diminuem a resposta inflamatória alérgica) podem ser associados ao tratamento com corticoides inalatórios, especialmente em casos mais graves.

A imunoterapia específica com alérgenos deve ser indicada apenas em pacientes que não responderam bem ao tratamento medicamentoso. A mesma deve ser individualizada, através dos resultados dos exames e painel dos alérgenos envolvidos. Tem melhor eficácia em crianças e adolescentes.

Asma: o que é? Por que devemos tratar?
A asma é uma doença crônica com alto índice de internações e idas ao pronto-socorro infantil, perda importante da qualidade de vida do paciente, com limitação de suas atividades diárias.

Há certa restrição para atividades diárias e também da prática esportiva.

Entender a doença, estar motivado, e adquirir habilidades e confiança no tratamento, impacta positivamente na mudança ativa de comportamento frente a doença e ajuda para se estabelecer uma vida normal para esses pacientes.

Isto implica em melhor controle da doença, redução no número de hospitalizações, de visitas ao PSI (Pronto-Socorro Infantil), visitas não agendadas ao consultório. Obtendo-se esses resultados garante-se redução no número de faltas na escola, ocorrência de asma noturna.

Todos esses dados agregam melhor qualidade de vida para o paciente e seus familiares.

A Dra Sarah Shamay e o Dr Mauro Toporovski: com um controle adequado e prevenção bem exercida, nossas crianças e adolescentes tem demonstrado ótima qualidade de vida
A Dra Sarah Shamay e o Dr Mauro Toporovski: com um controle adequado e prevenção bem exercida, as crianças e os adolescentes têm demonstrado ótima qualidade de vida

A Dra. Sarah Shamay e o Dr. Mauro Toporovski que atuam há anos no atendimento das crianças com asma, pouco observam complicações futuras levadas às maiores faixas etárias, quando bem exercido o controle periódico da doença.

Ou seja, com um controle adequado e prevenção bem exercida, nossas crianças e adolescentes têm demonstrado ótima qualidade de vida e capacitação plena para as atividades físico esportivas e recreativas.

 Clínica de Pediatria Toporovski: (11) 3821-1655

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