Uma conselho muito importante aos pais, exposição ao sol: proteja devidamente as crianças!
Em primeiro lugar, é bom que se diga: não há dúvida de que tomar sol é benéfico para as crianças, uma vez que é necessário para a síntese de vitamina D através da pele.
Contudo, a exposição excessiva, como os estudos comprovam, é prejudicial e, por isso, tem que ser evitada.
A pele da criança, essencialmente, até os 2 anos de idade, não está desenvolvida por completo. Ela é mais fina que a do adulto, fabrica menos melanina e, sendo assim, é muito exposta e mais sensível aos raios ultravioletas.
É bom que se saiba também que as radiações ultravioletas A e B são as principais responsáveis pelas queimaduras solares, pelo envelhecimento cutâneo precoce e pelo aparecimento do indesejado e temido câncer da pele.
Os maiores impactos imediatos da exposição solar excessiva são a desidratação e a queimadura solar. No entanto, os efeitos das radiações ultravioletas na pele também são acumulativos e podem causar prejuízo à saúde em um longo período.
Porém, tudo isso pode ser evitado com o uso dos filtros solares, que tem seu êxito confirmado de acordo com diversos estudos científicos.
No entanto, até os seis meses de vida, tais produtos não devem ser aplicados nos bebês. O “US Food and Drug Administration”, organização que regula os remédios nos EUA, não aconselha o uso de filtros solares nesta fase de vida do nenê já que a sua pele ainda está bem fina e imatura.
A maior absorção das substâncias químicas presentes nos filtros solares pode ocasionar problemas sistêmicos nesses lactentes.
Dicas importantes para proteger as crianças dos raios solares
Quando a criança ainda é muito pequena, deve-se evitar ao máximo a superexposição à luz solar ao ar livre: fica indicado tomar rápidos banhos de sol no início da manhã ou então no final da tarde.
Esse é um cuidado que deve ser tomado para o lactente, principalmente até os seis meses de idade.
Para sair de casa, recomenda-se que a criança use roupas leves, de preferência feitas com fibras naturais, ou aquelas com foto-proteção à radiação ultravioleta. Evite o excesso de sol e dê preferência aos locais mais frescos e com sombra.
Evite a exposição solar entre 10 e 16 horas. Nesta faixa de horário, 60% da radiação ultravioleta B incide na superfície terrestre. Fazendo isso, já resulta em acentuada diminuição das alterações agudas e crônicas da pele.
É importante relembrar que a radiação ultravioleta também incide na pele em dias nublados e também mesmo que a criança fique embaixo do guarda-sol.
Utilize, de forma regular, o foto-protetor infantil com FPS 30 ou até maior que esse fator. A aplicação tem que ser realizada, no mínimo, 30 minutos antes da exposição ao sol para deixar que os ingredientes ativos atinjam as camadas superficiais da pele.
Protetor solar: use nas medidas recomendadas
O foto-protetor tem que ser apropriado para utilização na infância. Os produtos para adultos têm maiores concentrações de substâncias químicas que podem ser prejudiciais à criança e provocar sensibilização, como alergias.
Sempre devemos lembrar: é preciso repassar o protetor a cada duas horas por causa da transpiração e também sempre que a criança entrar na água. Merece atenção da mesma forma: toda superfície do corpo que esteja exposta ao sol necessita de proteção.
Não se esqueça de partes importantes como: pescoço, pavilhão auricular, dorso das mãos e dos pés (que costumam arder com facilidade). A quantidade de foto-protetor recomendada é de cerca de 2,5 ml para face, pescoço, ombro e braço, e 5 ml para a perna e para o dorso do pé.
Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia, a quantidade de protetor solar recomendada para cada parte do corpo é o equivalente a uma colher de chá do produto no rosto, no pescoço e na cabeça. Uma colher de chá para a parte da frente do tronco e outra colher de chá para o dorso.
Quando colocado no corpo das crianças em quantidades menores do que as citadas, o produto não fornece a proteção adequada.
Recomenda-se ensinar a importância dos fatores de proteção para elas, pois hábitos adquiridos na infância são assimilados com mais facilidade e absorvidos por toda a vida.
Peça sempre orientação ao seu pediatra!
Importante: peça orientação ao seu pediatra quando for escolher o protetor solar ideal.
Para crianças acima de 6 meses de idade e até dois anos, há protetores solares 100% físicos, classificados como “baby” ou “mineral”.
A partir dos dois anos de idade, já podem ser utilizados os protetores infantis, normalmente identificados como “kids” ou “para crianças”.
Prefira os protetores com FPS a partir de 30, resistentes à água, aos que não ardem nos olhos, na forma de creme e hipoalergênicos. O ideal é fazer um teste em uma pequena área antes de espalhar no corpo todo.
É importante evitar os horários de maior incidência de raios solares nocivos (UVB). O tempo prolongado e a falta de proteção nas crianças podem causar insolação e até queimaduras de 1° e 2° grau.
Insolação: tome cuidado!
A insolação e o suor excessivo provocam desidratação do organismo. Por isso, além de proteger a pele, para evitar a desidratação, é essencial oferecer líquidos para as crianças tomarem, principalmente água e sucos naturais.
Uma melhor hidratação em dias quentes e com muita irradiação solar oferece melhor regulação da temperatura corporal.
Tenha sempre em mente: no verão, principalmente, os cuidados em relação aos efeitos do sol e do calor excessivo devem ser redobrados.
Segundo a Dra. Carolina Contin, dermatologista assistente da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo e colaboradora da Clínica Pediátrica Toporovski, as principais mensagens a serem incorporadas pelas famílias, são as seguintes.
“Evite a exposição solar prolongada (acima de 20-30 minutos) das 10 às 16 hs. Caso isso aconteça, a foto-proteção deve ser intensificada com o uso de chapéu, roupa com proteção UV e filtros solares específicos para a idade”, diz a médica.
“Lembre-se que o filtro solar não dura o dia todo e precisa ser reaplicado nas áreas expostas. E é importante saber que apenas uma queimadura solar na infância pode dobrar o risco do surgimento de câncer de pele na vida adulta em indivíduos predispostos e que o efeito da radiação ultravioleta é acumulativo e os sinais só aparecem com o passar dos anos”, explica a dermatologista.
“A foto-proteção adequada das crianças é um cuidado para evitar queimadura e desidratação hoje e também um cuidado com a sua pele no futuro”, finaliza a Dra Carolina.
Clínica de Pediatria Toporovski: (11) 3821-1655