Devido ao cenário mundial e a gravidade com que a pandemia da Covid-19 evoluiu, a comunidade científica foi estimulada a correr para encontrar medidas terapêuticas e vacinas para controlar o novo coronavírus (SARS- CoV-2). Por isso, a importância da pergunta: o que devemos saber sobre as vacinas contra a Covid-19?

Sendo assim, diversas entidades foram mobilizadas para que, em menos de 1 ano, ocorresse o licenciamento de vacinas eficazes e seguras contra a temível e preocupante doença.

No Brasil, entre o início da pandemia por aqui, em março de 2020, foram contabilizados, até o dia 7 de fevereiro de 2021, 9.527.406 casos e 231.630 óbitos.

Pelo mundo, oficialmente, já foram contabilizados mais de 106 milhões de casos, com mais de 2.320.000 milhões de vítimas fatais.

Por conta destes números traumatizantes, foi imposta a necessidade urgente de rápido desenvolvimento de vacinas seguras e eficazes, sendo este o único meio possível de controle da pandemia, já que nenhuma medida terapêutica foi realmente eficaz no tratamento da doença.

As vacinas são as melhores ações para o controle, eliminação e erradicação de doenças infecciosas, como ocorre com doenças como a varíola, poliomielite, rubéola, síndrome da rubéola congênita, difteria, tétano, coqueluche, entre outras enfermidades e na mais recente pandemia, causada pelo vírus influenza AH1N1, pois elas foram as responsáveis pela interrupção do surto em todo o mundo.

Por isso, mostramos neste artigo algumas dúvidas e curiosidades sobre as vacinas para combater a Covid-19.

Atualmente, até a 2° semana de fevereiro no Brasil, foram liberadas duas vacinas pela ANVISA (a Agência Nacional de Vigilância Sanitária): a vacina de vírus inativado denominada Coronavac ©, desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan, de São Paulo, que apresentou uma eficácia total de 50,39%, e em relação a formas leves, a eficácia foi de 77,96%.

Doses das vacinas têm intervalos que devem ser respeitados 

A vacina da Universidade de Oxford, AstraZeneca: eficácia avaliada em índice superior a 70%
A vacina da Universidade de Oxford, AstraZeneca: eficácia avaliada em índice superior a 70%

E a vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford, em parceria com o laboratório AstraZeneca, que consiste numa vacina cujo vetor viral é um adenovírus não replicante, ou de replicação deficiente, que contém um segmento genômico do SARS-CoV-2 e cuja eficácia avaliada foi superior a 70%.

As vacinas são aplicadas em duas doses e é importante que o intervalo entre elas seja respeitado para que tenhamos a garantida da sua eficácia.

A vacina Coronavac deve ser administrada em um intervalo de 2 a 4 semanas entres as duas doses e a vacina de Oxford entre 4 a 12 semanas, sendo observado que, quanto mais longo o período para a segunda dose, a resposta imunológica pareceu ser melhor de acordo com as pesquisas.

Porém, mesmo tendo recebido as 2 doses da vacina, o indivíduo ainda não está imune, pois a imunidade só se completa cerca de 2 a 3 semanas após tomar a segunda dose.

Fora isso, não se sabe ainda se as vacinas previnem além da doença, a infecção e transmissão do coronavírus e por esse motivo, não podemos diminuir as medidas de segurança e manter o uso de máscara, o distanciamento social e a higiene adequada das mãos.

Acredita-se que as novas variantes do SARS- CoV-2 também são cobertas pela vacina, entretanto, é necessária ter uma vigilância epidemiológica atenta e realizar uma adequada avaliação.

É muito importante saber que uma vez vacinado com a primeira dose, o esquema vacinal deve ser continuado com o mesmo fabricante, pois não há dados de intercambialidade entre os diferentes produtos.

Grávidas e puérperas não foram avaliadas no estudo, portanto, aquelas gestantes com alto risco de complicações devem ser cautelosamente avaliadas e ter a decisão de receber a vacina compartilhada com seu médico.

Como ficam as crianças e adolescentes nesse contexto? 

Menina caminha por rua usando máscara em proteção ao Coronavírus: estudos de licenciamento das vacinas contra o Covid-19, não incluíram as crianças em um primeiro momento
Menina caminha por rua usando máscara em proteção ao Coronavírus: estudos de licenciamento das vacinas contra o Covid-19, não incluíram as crianças em um primeiro momento

Apesar de não haver estudo em mulheres que estão amamentando, a Sociedade Brasileira de Pediatria orienta a vacinação das mesmas, de acordo com um comunicado oficial publicado há duas semanas, no final de janeiro.

Os estudos de licenciamento das vacinas contra o Covid-19, não incluíram as crianças em um primeiro momento.

Portanto, estes não receberão a vacina por enquanto, apesar de já haver estudos em andamento avaliando a segurança e eficácia das vacinas neste grupo.

Ainda não se sabe quanto tempo durará a eficácia protetora da vacina, pois isso só será respondido com o acompanhamento dos vacinados, uma vez que a aplicação da vacina começou há pouco tempo. 

Uma dúvida frequente sobre as vacinas licenciadas no Brasil é quanto à sua segurança.

Sendo assim, o que foi analisado nos estudos médicos é que ambas as vacinas apresentam perfis de segurança adequados e os eventos adversos pós-vacinação mais frequentes foram: dor no local da vacina, cefaleia, náuseas e febre, sendo estes sintomas leves e transitórios.

“É de extrema importância que a população se conscientize que mesmo aqueles que já tiveram a doença precisam ser vacinados, pois não se tem a certeza absoluta de quanto tempo dura a imunidade natural adquirida pela doença”, explica a Dra Sarah Shamay, pediatra e colaboradora da Clínica Pediátrica Toporovski

“Dessa forma, o intervalo de tempo entre a doença e a imunização com a vacina deve ser de pelo menos 4 semanas” recomenda a especialista em alergia e imunologia 

A Dra Sarah Shamay, pediatra da Clínica de Pediatria Toporovski: é muito importante que a população se conscientize que mesmo aqueles que já tiveram a doença precisam ser vacinados
A Dra Sarah Shamay, pediatra da Clínica de Pediatria Toporovski: é muito importante que a população se conscientize que mesmo aqueles que já tiveram a doença precisam ser vacinados.

Pacientes com alergia também podem receber a vacina

Ambas as vacinas poderão ser utilizadas com segurança em pacientes que utilizam drogas imunossupressoras, doenças que cursam com baixa da imunidade, inclusive os que estão em tratamento para câncer, transplantados ou portadores de imunodeficiências; além de pacientes que usam anticoagulantes e aqueles que têm alergia a leite e ovo.

Pacientes que já tiveram anafilaxia (alergia ou hipersensibilidade) também podem receber, porém devem estar em ambiente hospitalar e aguardar pelo menos 30 minutos no local após receber a vacina.   

O que devemos saber sobre as vacinas contra a Covid-19? Vacinação é um ato de amor consigo e com o próximo!!

A vacina chinesa Coronovac, aplicada em São Paulo: o que devemos saber sobre as vacinas contra a Covid-19? Vacinação é um ato de amor consigo e com o próximo!

Isso ocorre já que existe a imunidade em rebanho em que as pessoas vacinadas acabam imunizando os outros ao seu redor e os protegendo, uma vez que não ficarão mais doentes e transmitirão a doença; e é assim que devemos fazer para proteger nossas crianças e as pessoas que não puderem receber a vacina. E lembrar sempre que: mesmo vacinados não podemos baixar a guarda e cumprir sempre as regras de proteção para que juntos possamos combater essa temida doença! 

 

Clínica de Pediatria Toporovski: (11) 3821-1655.

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